quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Blog- Quilombos, seus Remanescentes Vivendo uma Transformação









Oi amigos e amigas da plataforma, estou aqui postando algumas informações em meu blog sobre os quilombos, na verdade o assunto não discorre exclusivamente sobre os quilombos, mais sim sobre dois exemplos de pessoas que viveram a época da escravidão, e que tive a feliz oportunidade de conhece-los.



O que eu quero comentar também, são as mudanças que os descendentes dos quilombolas sofreram, assim como os indígenas.



Bem, o assunto que eu quero apresentar nesta página é sobre duas pessoas que não viram interesse em mudar os seus hábitos, digo isso porque o período que os conheci viviam da mesma forma, sem trabalho, em suas casas e de uma forma simples.



Vou relatar um pouco sobre o Germano, na verdade, ele era conhecido como Seu Germano, esse senhor era muito conhecido e bastante querido pelas pessoas, o mesmo tinha um hábito peculiar, sempre como seu chapéu de couro, geralmente com uma blusa de tergal e sua inseparavel bengala, esse senhor vivia nas feiras públicas pedindo "esmola", andava muito pelo bairro e sempre lúcido.



Contavam os vizinhos que ele viveu mais de 100 anos, a sua fama era tanta que japoneses e alemães iam até sua casa para saber sobre a sua história, o mesmo morava no bairro Cidade Júlia, São Paulo.



A outra pessoa era a tia Cirila, ela também viveu a época da escravidão, a chamo de tia, porque a minha tia de sangue que cuidava da tia Cirila, assim passamos a chama-la de tia.



Lembro que quando eu ia na casa de minha tia, a tia Cirila fazia doces (balas) de café, que delicia, existia no quintal um pilão de pau, ela pegava os grãos de café e colocava nesse pilão, e socava com o "pilador", lembro que eu arriscava algumas "socadas".

Havia algumas curiosidades sobre essa minha tia, uma delas foi o fato de nunca ter ido ao dentista e até o dia de sua morte tinha vários dentes ainda em sua boca, ela enfiava a linha no buraco da agulha em lugares com pouca iluminação, ela ficava tentando até conseguir, ela sempre estava emitindo sons com a boca fechada em ritmo de música, cantarolando musicas de sua época, e o mais interessante, ela não sabia qual era a sua idade, morreu sem saber ao certo qual era a sua idade, esses são os depoimentos de pessoas que viveram com eles, Seu Germano e tia Cirila.


Eu queria ter postado esses assuntos em uma atividade que tratava sobre os quilombolas, achei que não era pertinente, mais agora no blog acho que cabe.


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