Oi amigos e amigas da plataforma, estou aqui postando algumas informações em meu blog sobre os quilombos, na verdade o assunto não discorre exclusivamente sobre os quilombos, mais sim sobre dois exemplos de pessoas que viveram a época da escravidão, e que tive a feliz oportunidade de conhece-los.
O que eu quero comentar também, são as mudanças que os descendentes dos quilombolas sofreram, assim como os indígenas.
Bem, o assunto que eu quero apresentar nesta página é sobre duas pessoas que não viram interesse em mudar os seus hábitos, digo isso porque o período que os conheci viviam da mesma forma, sem trabalho, em suas casas e de uma forma simples.
Vou relatar um pouco sobre o Germano, na verdade, ele era conhecido como Seu Germano, esse senhor era muito conhecido e bastante querido pelas pessoas, o mesmo tinha um hábito peculiar, sempre como seu chapéu de couro, geralmente com uma blusa de tergal e sua inseparavel bengala, esse senhor vivia nas feiras públicas pedindo "esmola", andava muito pelo bairro e sempre lúcido.
Contavam os vizinhos que ele viveu mais de 100 anos, a sua fama era tanta que japoneses e alemães iam até sua casa para saber sobre a sua história, o mesmo morava no bairro Cidade Júlia, São Paulo.
A outra pessoa era a tia Cirila, ela também viveu a época da escravidão, a chamo de tia, porque a minha tia de sangue que cuidava da tia Cirila, assim passamos a chama-la de tia.
Lembro que quando eu ia na casa de minha tia, a tia Cirila fazia doces (balas) de café, que delicia, existia no quintal um pilão de pau, ela pegava os grãos de café e colocava nesse pilão, e socava com o "pilador", lembro que eu arriscava algumas "socadas".
Havia algumas curiosidades sobre essa minha tia, uma delas foi o fato de nunca ter ido ao dentista e até o dia de sua morte tinha vários dentes ainda em sua boca, ela enfiava a linha no buraco da agulha em lugares com pouca iluminação, ela ficava tentando até conseguir, ela sempre estava emitindo sons com a boca fechada em ritmo de música, cantarolando musicas de sua época, e o mais interessante, ela não sabia qual era a sua idade, morreu sem saber ao certo qual era a sua idade, esses são os depoimentos de pessoas que viveram com eles, Seu Germano e tia Cirila.
Eu queria ter postado esses assuntos em uma atividade que tratava sobre os quilombolas, achei que não era pertinente, mais agora no blog acho que cabe.
Romário,
ResponderExcluirMuito interessante o seu blog sobre os quilombolas.
Parabéns!
Samara